Deputado português pede asilo politico para não cumprir prisão.
“Venho para aqui, refugio-me aqui, e a polícia da República portuguesa não me pode prender, o mandado de captura aqui não funciona porque isto não é território nacional, isto é um principado independente e reconhecido pelas várias instâncias internacionais e aqui estou a salvo”.
Já Renato Barros, autoproclamado príncipe do ilhéu da Pontinha, que fica a 70 metros da lha da Madeira, recebeu o deputado de braços abertos e prometeu defendê-lo. “Aqui a polícia portuguesa não entra, só se entrar à força, naturalmente, porque eles sabem que não podem entrar". Único local de Portugal, à semelhança de Olivença, que está em território português, mas mas fora da jurisdição de Portugal.
O Tribunal da Relação de Lisboa condenou José Manuel Coelho a uma pena de prisão efetiva, com possibilidade de ser cumprida ao fim de semana, num processo interposto pelo advogado António Garcia Pereira.
Garcia Pereira teve uma participação activa no movimento de contestação estudantil à ditadura. Aderiu à Federação dos Estudantes Marxistas-Leninistas, a juventude do MRPP, em 1972, ano em que assistiu ao assassinato de José Ribeiro dos Santos pela PIDE, num anfiteatro do ISEG. Integrou o movimento associativo Ousar Lutar, Ousar Vencer, tendo sido suspenso e alvo de um processo disciplinar na Faculdade de Direito de Lisboa, em dezembro de 1973. Militante do MRPP desde 1974, chegou ao Comité Central desta estrutura em 1982. Encabeçou diversas candidaturas do mesmo partido, para as eleições legislativas, para as autárquicas em Lisboa, e foi candidato a Presidente da República, em 2001 e 2006.