Produção de vinho do porto aumenta em 2015...Preço por "pipa" pode baixar
O Conselho Interprofissional do Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP) definiu esta terça-feira, 28 de Julho, o aumento da produção do mais conhecido vinho português na vindima de 2015, com a fixação do designado "benefício" em 111 mil pipas (de 550 litros), o que representa uma subida quando comparado com as 105 mil pipas que tinham sido autorizadas no ano passado de vinho do Porto .
Esta é uma decisão aguardada com expectativa por milhares de lavradores, para quem a sobrevivência assenta na venda de uvas para este vinho que quanto mais vinho do porto for produzido mais barato será nos próximos anos.
Depois de permanecer inalterado nas 110 mil pipas em 2009 e 2010, em 2011 esse valor sofreu uma quebra acentuada, para as 85 mil pipas. Uma decisão que gerou enorme polémica e revoltou nos grandes produtores da mais antiga região demarcada do mundo. No ano seguinte, o "benefício" aumentou para 96.500 pipas, em 2013 voltou a subir para as 100 mil pipas e no ano passado houve um novo crescimento para 105 mil pipas. Ano em que a pipa de vinho foi mais mal pagoa de há 10 anos a esta parte.
A definição do "benefício" é um processo que exige anualmente uma negociação entre os representantes dos produtores (grandes companhias inglesas e portuguesas instaladas na região do Douro) e dos comerciantes de vinho do Porto, tendo por base um conjunto de critérios a nível de vendas de Vinho do Porto nos últimos meses e as projecções para o resto do ano.
As vendas de vinho do Porto cairam 0,5%
Mesmo com menos vendas de vinho do porto registadas em 2014 e primeiro semestre de 2015, os empresários exigiram ao IVDP um aumento de produção, que foi aceite pelo responsavel do IP. 363 milhões de euros em 2014, o que representou um recuo ligeiro (-0,5%)
Face ao período homólogo, sobretudo devido à pressão dos maiores mercados externos: França e Reino Unido. Apesar de estar a baixar o seu peso relativo no Douro – menos dez pontos do que há oito anos –, o Porto ainda vale 73,6% do negócio vitivinícola da região, que totalizou 493,4 milhões de euros no ano passado. Politica comercial versos produção que vai extinguir os pequenos e medios viticultores do DOURO.